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segunda-feira, 13 de abril de 2009

O OLHAR






Jesus punha-se a caminho quando veio a ele um homem e dobrando os joelho diante dele, perguntou-lhe: “Bom mestre, que devo fazer para obter a vida eterna?”....”Conheces os mandamentos (disse-lhe Jesus): não matará....” O homem replicou:” Mestre, tudo isso venho observando desde minha juventude.” Então Jesus fixou nele o olhar e o amou. E lhe disse: ”Uma coisa só lhe falta, vende tudo o que tens...depois vem e segue-me.” (Evangelho de Marcos, 19:17-21).

Uma criada viu Pedro assentado ao pé do fogo e, encarando-o disse: “Esse aí estava com ele também. Mas ele negou.”mulher, eu nem o conheço.”
...Neste mesmo instante, enquanto ele ainda falava o galo contou, e o Senhor, voltando-se, fixou o olhar em Pedro. Pedro lembrou-se então da palavra do Senhor... E assustado fora chorou amargamente. (Evangelho de Lucas 22:56-57 e 60-62).

Quando chegou perto, à vista da cidade (Jesus) se lamentou sobre ela: “Ah! Se neste dia tivesses compreendido ,tu também, a mensagem dez paz.”

André trouxe seu irmão Simão a Jesus. Jesus o olhou e disse: “Tu é Simão, o filho de Jonah – teu nome será Kephas (Pedro)” Evangelho de João, 1:42).

“A lâmpada do corpo são os olhos. Se, pois, teus olhos são limpos, teu corpo todo banhará na luz. Mas se teus olhos são turvos, teu corpo inteiro mergulhará nas trevas.” (Evangelho de Matheus, 622).





Senhor,
a noite chegou
vou cerrar as pálpebras
meus olhos concluíram mais um dia
contemplando o mundo que criaste e
que os homens tentam modificar.


A noite,
volto meu olhar
para a minha alma
transportando-a
à luz e ao calor de Teu sol.
Então,
oro a Ti,
clamando por nova manhã clara,
para que, ao abrir os olhos,
de alma lavada,
eu possa servir ao Senhor,
meu Deus.


Senhor,
torme meus olhos bem claros,
bem abertos;
meu olhar bem firme,
bem reto,
mas jamais um olhar
desiludido,
desabusado
ou deseperado...


Senhor,
que meu olhar desperte fome de pureza,
seja límpido,
cheio de graça,
nunca perca a ternura.
e a capacidade de chorar.
Que meus olhos,
nunca se fechem por medo,
e para a miséria do mundo,.
mas, tão só,
para melhor Te encontrar.

sábado, 4 de abril de 2009

SEGUNDA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

Faz algum tempo, examinando livros velhos que mantenho, na minha biblioteca particular, um me chamo a atenção pelo seu estado: um livro velho, com a capa rasgada, emendada com etiquetas, suja, amassada, indicando manuseio freqüente. Pensei: esse livro dever ser muito bom. Tirei-o da estante, coloquei-o sobre minha escrivaninha, sem, sequer,o abrir, por eu ser alérgico à poeira e ácaros.

Na última terça-feira do mês de março, depois de voltar do culto, quando me dei conta estava com o esfarrapado livro na mão,livro esse da autoria de Jean Sulivan, tendo por título:”PROVOCAÇÃO ou a fraqueza de Deus” (Editora Herder – São Paulo – 1966), que adquiri em dezembro de 1968. O que mais me surpreendeu foi o fato e o ter aberto na página 116, em que festejado o autor citou o texto bíblico da Segunda Multiplicação de Pães (Matheus 15:29-39 – Marcos 8:1-9), o mesmo que havia ouvido, momentos antes, na igreja e que tanto me emocionou. Fato que tomei como manifestação de Deus, visando complementar o entendimento que o pregador recém havia me passado.

Narra texto do livro, que a turba, ávida de coisas maravilhosas,seguiu Cristo, no deserto.Não há mais que dois pães e alguns peixes para alimentá-la. Sob a palavra do Senhor, os apóstolos começaram a distribuição. E quanto mais dão, mais se cumularam os pedaços no fundo, antes vazio, dos cestos. Terminada a distribuição, não se sabia mais o que fazer com as sobras. A significação é clara.

É preciso começar a dar; então a pessoa percebe que é rica. Quem se poupa
confessa sua irremediável pobreza.

Mas amar é também receber. Há tantos seres tristes, por nada terem para dar para alguém. “Dá-me de beber, disse Cristo à samaritana.”

E, na mesma página, o citado autor narra a fábula de como se pegam macacos no Oriente. Fixa-se no chão, diz Rochat, um vaso em cujo fundo se coloca uma fruta. O gargalo do vaso deixa passar a mão vazia, mas não a cheia. Assim o homem que fecha a mão sobre os objetos. São suas posse que o destroem. O homem morre por não saber abril suas mãos.

Obviamente, naquela mesma noite, eu tornei a ler todo, com o mesmo encantamento, quarenta e um anos depois o ter lido pela primeira vez, aos 34 anos de idade.

Uma obra para ser lida e meditada.