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terça-feira, 28 de outubro de 2014

QUE A FELICIDADE ANDE A SUA PROCURA





Conta uma lenda judaica que Deus convidou um rabino para conhecer o céu e o inferno. Foram primeiro ao inferno. Ao abrirem a porta, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão onde se cozinhava uma suculenta sopa. Em volta dela, estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo tão comprido que lhe permitia alcançar o caldeirão, mas não suas próprias bocas. O sofrimento era imenso.
Em seguida, Deus levou o rabino para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta, as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados.
“Eu não compreendo”, disse o rabino. “Por que aqui as pessoas estão tão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se tudo é igual? Deus sorriu e respondeu: “Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar a comida uns aos outros”
Acho que essa história mostra como nenhuma outra a importância da solidariedade, da amizade, entretanto, ao lado desses sentimentos, acredito também que, no casamento, como na vida, é preciso ter esperança.
Os gregos diziam que Pandora abriu a tampa de sua caixa e todas as pragas se espalharam pelo mundo antes que ela conseguisse tampar a caixa de novo. Quando conseguiu corrigir seu erro, só tinham sobrado dentro da caixa a esperança e o medo. É é por isso que até hoje o homem sente medo sempre que tem esperança. Mas se você não tiver esperança, só lhe sobra o medo.
Talvez o desespero seja uma esperança que já nasce morta e aí se volta contra você e o consome, enquanto o cinismo é uma forma de covardia, implica a desistência da coragem, de sentir esperança.
Sei que não está fácil sentir esperança e quem sente está nadando contra a correnteza. Você pode ficar preso no mesmo lugar a vida inteira se você quiser, simplesmente impedindo-se de acreditar.
Se você não aceitar amor quando lhe for oferecido, não pedir amor quando precisar e não der amor quando estiver sentindo, nunca vai descobrir.
Portanto, esta é uma esperança ativa e não passiva, o que significa não esperar que os deuses adivinhem os seus desejos, mas ajudá-los um pouquinho nessa tarefa. E se isso implica o risco de se desapontar, paciência. Você não pode se condenar ao inferno antes de conhecer o paraíso.